quinta-feira

Saber receber

Não compete ao dador por exclusividade a sabedoria da entrega. Deixa de ser relevante o que se dá se o receptor não souber o tamanho do que aceita. O momento que se oferece requinta-se no gesto único de ser aquele e não outro, um bocado de sentires que se escolheu e se atribuiu grande por ser para quem é. Mesmo no agradecimento da dádiva não basta a vénia e a profusão de palavras. Muito mais se dá no receber quando se sente que aquele é especial. E basta uma só palavra para a eloquência do gesto.

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