domingo

Sinais de silêncio

A propósito de silêncios. Mais uma vez. A propósito de por muito blogado que aqui derreta e se faça numa poça dum todo nada me fará entender a mutez sem argumento ou explicação prévia. Em tempos, aqui afirmei que estes retalhos poderíam a ajudar-me a ser melhor, por neles reconhecer as minhas fraquezas. Mas não encontro escrita possível que me suavize a incompreensão de um silêncio letal. Tão mudo que se um dia houver grito não saberei do que se trata.

sábado

Idos&Ganhos

O tempo leva os bocados de tempos bons, de sorrisos, de movimentos graciosos, da agilidade nos amores. Desenvolvem-se outras artes, saboreiam-se blogados de literatura, blogados de conversa parada em horas de mútuo prazer, goza-se o amor falado, o sentido imaginado, o corpóreo sem pressa, o riso justo, a graciosidade do afago no rosto. Queixas de um tempo levado. Que dos bocados idos outros se ganham em sabedoria do fazer.

segunda-feira

Do esquecer

A propósito de esquecimentos. Dos esquecimentos da moleza, ou seja, deixar para mais tarde que agora não me apetece, agora não posso. Dos esquecimentos da paga, ou seja, já que te esqueceste agora também eu me esqueço. Dos esquecimentos da importância, ou seja, não estou para isto, não estou para te dar troco. Dos esquecimentos intencionais, ou seja, sai da minha lembrança, da minha vida. Dos esquecimentos do esquecimento, ou seja, houve um tempo em que eu sabía como se era tão feliz com coisas simples.

domingo

Balanços

Num ápice se arrumou o mês primeiro, ajusta-se o dia e a noite, as chuvas pedidas e agora malditas. Num instante aqui cheguei, de blogado em blogado acho-me num pedaço largo o bastante que me diga o que mudou na minha escrita, se deformou ou aprimorou, se dos pedaços pegados algum me fediliza no carácter, se da poética abusei. Ou foi tudo só escrita.