domingo

Nús

Acto promíscuo este da escrita. Revelam-se sons, cheiros e apetites. Anda-se nu de partes pudendas, por aí, bocados de pele à vista sem pudor algum, exibicionismo dos afectos e dos sonhos. Mais se despe nestas linhas do que no bordel à hora. E quando nos apercebemos dos bocados entregues tarde demais! Saltamos para dentro de outros corpos à laia de traje. Lá vamos nós. De novo. Promiscuamente. Enganados por acharmos que enganamos outros. Só porque aparecemos diferentes.

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