quarta-feira

Bocados do invisível

Há vezes em que não sei de que lado estou. Se do mal se da vontade. Se do perdão se da vingança. Se da mulher se da fêmea. São bocados de mim que se alternam no todo de quem sou. Nunca todos num só dia nem nenhum com mais peso que o outro. Reajo no bocado de animal se me desiludem. Mas sinto-me carne e essência se me amam. E sinto o pedaço do corpo a moldar-se ao bocado do invisível tanto mais quanto eu amo.

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