quarta-feira

A capa do livro

A propósito de capas e de livos ou não necessariamente destes mas da analogia destes com as pessoas e do julgamento directo que nós fazemos do que vimos. Quero eu dizer, que aquilo que me ensinaram como regra básica que não se deve tirar conclusões pelo que se vê, mas fazer uma avaliação pelo seu todo - e o seu todo é o carácter, entenda-se - é bonito mas não verdadeiro. Ou reformulando: é verdadeiro, mas não tem aplicação. Ou explicando à terceira: Não o fazem comigo. E acrescentando uma alínea a): Apercebo-me que não o fazem os demais e até eu caio nessa esparrela primária de por vezes não o fazer, não sou assim tão diferente. Vem isto a propósito, escrevía neste longo inicio, de que julgamos todos, como dizem os ingleses don't judge a book by it's cover, numa tradução livre, não julgues o livro pela sua capa, ou que mania esta que temos de tirar conclusões quanto ao que as pessoas são pela forma como vestem, gesticulam ou andam. O pacote exterior tem muita importância, demasiada, e afinal, nos dias de hoje e na pressa que (todos) levamos, é (quase) a única coisa que vemos.
 
 

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