quinta-feira

Do todo e de metade de mim

Se um dia me perder de mim chamem-me. Digam que deixei bocados por aqui. Gritem por mim para os juntar ao que sou. Que não sou. Faltar-me-ão pedaços. Mas a ausência desses pedaços fazem de mim (também) aquilo que sou. Perdida por achada. Completa por repartida. E desses bocados espalhados que aqui deixei ainda lhes noto o que de mim sou. Sem mim e de per si. Então, eu sou metade do todo de mim e outra meia de bocados perdidos. Do todo e aos pedaços esquecidos.

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