domingo

Descanso da dor

E ao Domingo descansa-se. Devería eu fazer uma pausa. De todos os bocados dos dias que me bateram de frente. Que me aleijaram. Que me marcaram para que eu não os esqueça: que na Segunda disse adeus, uma mentira à Terça, uma ausência à Quarta. Por aí fora até chegar ao Domingo. Saber que neste dia não se fará dor. Fazê-lo um todo.Inteiro e feliz. Apenas feliz na simplicidade de ser diferente. Diferente por apagar os outros. Fazer dos outros retalhos que se excluem. Descansar. Só eu não me descanso das minhas memórias.

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