quarta-feira

Ataques

Preparava-me para reunir os meus blogados para um pedaço de escrita tranquila, quando me tocaram a porta. Insistentemente diga-se, o que desencadeou um automatismo de negação automático na minha pessoa, fazendo recolher todos os meus bocados como um exército pronto a defender o forte. Uma venda directa. Recusei. Primeiro com um sorriso amarelo para despachar a coisa, mas ante a série de perguntas com que fui flechada, disparei também, e voltei a repetir mais do mesmo e com uma carantonha a ver se percebíam que era não definitivamente. Insistiram. Já a fechar a porta e a repetir pela terceira vez a mesma frase batida e visivelmente irritada, o telefone tocou. Salva pelo gongo, pensei! Era outra venda. Incapaz de me controlar, usei pela quarta vez a mesma frase, não dando sequer tempo a quem estava do outro lado para retorquir. Vem isto a propósito,  das condições de emprego do nosso País. Vem isto a propósito da agressividade que se usa para entrar nas nossas casas. Vem isto a propósito da agressividade que despoletamos para escorraçar quem se arroja ao nosso território.

 

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