quarta-feira

Palavras leva-as o blogado

Das grandes calamidades que se proferem, tenho para mim que a maior é aquela que o próprio diz de nunca cometer tal acto, comparando-se - ou afastando-se o mais possível - de outrém. Esta verdade absoluta é talvez a verdade mais enganosa, dando acerto ao provérbio desta água não beberei. Bebe sim. Aliás, se a circunstância a isso se prestar bebe toda e até lambe o copo se for preciso. Estes bocados de enganos, doces enganos, amargos enganos, vêm trazer uma ruptura à institucionalização do todo enquanto pilar de conduta. Racha, sedimenta-se, esboroa-se em muitos pedaços e até em areia fina levada pelo vento. E aqui leia-se vento como lembradura.

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