sexta-feira

O que foi e já não é

A propósito de antigos namorados e dos encontros que a vida marca. Embora em algum tempo se tenha partilhado da mesma intimidade parece que aquando do reencontro apenas achamos um estranho. Duvidamos dele. Duvidamos de nós. Duvidamos que seja o mesmo. Duvidamos do nosso carácter e do nosso gosto e ainda da nossa vontade. Questionamos se por alguma circunstância obscura fomos capazes de dividir segredos e entregar beijos numa boca que nos parece rota e sem vinco de personalidade, quem nos obrigou a tal... ou então, passamos um bocado ainda pior: como foi que não nos apercebemos que era assim e o deixámos fugir sem a arte de cativar?

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