terça-feira

HH

A crueza da vida não é termos a certeza de nascer e morrer um dia. É durante estes dois pontos, alguém nos ter feito uma marca que impressionou e que na partida, deixa um vazio difícil de suportar. Não é hábito meu aqui falar das mortes alheias. Nem mesmo daqueles que me são apetecíveis, bocados de mim como os entendo, um todo rico em que me faço aos lê-los, visitá-los na sua arte, nas suas artes, porque não só do mundo das letras estes homens e mulheres que me impressionam pertencem, mas nesta triste data em que Herberto Helder morre, um pedaço da minha fortuna se delapida ao pensar que do seu tesouro mais fatia alguma me encherá para alimento. Satisfaço-me da obra feita e retorno ao que conheço como se da primeira vez aí fosse. Contrariamente a ele, agradecida pelo prémio deixado. Obrigada Herberto.
 
 

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