quarta-feira

Plena e completa de pedaços

Arrisco-me a perder bocados de mim se investir no objectivo de isolar o todo. Afinal o todo não é a soma de todos os pedaços. Estes são a soma de mais mil e um. Mil e um sentidos e sentires e dares e dádivas do tempo e de gentes e de amores e de corpos e de aprendizagens que se fazem aos solavancos mas sem ressalto. O todo é o fim. É a cauda de muitas metades que trouxemos na nossa bagagem e nem nos apercebemos. Quero um pedaço inteiro de mim que se faça de todo. Seja por um dia, seja por um século. Esse bocado é completo.

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