domingo

O artista

Ainda o Estio vai a meio e já a silly season se encheu de patacoadas, coisas abstractas e sem pés nem cabeça que se querem fazer passar por pretensa arte. Acrescente-se excentricidade. Porque, defeituosamente, acha-se que o artista é um bizarro. Tem que ter manias, tiques, preferências esquisitas que lhe confiram o tal cunho que o distingue dos outros. Quero eu dizer, que a par com a sua mestria terá que como condição básica ser um louco, na concepção do diferente. Porque se for um homem comum, com gostos comuns, com as obrigações comuns de qualquer mortal anónimo, muito se olha de esguelha e se desconfia dos seus predicados para a obra que apresenta.

Sem comentários: