domingo

Poetisar

Cedo do dia as mãos começam um labor que não se estaca com o recolhimento nos bolsos. O trabalho prossegue em pedaços entremeados pela concentração do comezinho e o orgasmo da imaginação, que esta última é amante exigente e pede monopólios. É cedo do dia e gasto do todo de mim pequenos pedaços do sentir esvaíndo-me em teclas que me ferem os olhos a negro das letras, o branco do fundo é cenário, o coração é o mesmo de sempre, todo vermelho por tanto sentir.

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