sexta-feira

7 irrepetíveis

Impressionante como o tempo galopa e nós que o acompanhamos, envelhecemos por ele, parecemos não dar conta de toda a bagagem que acartamos, dizemos tanto tempo e surpreendemo-nos, fazemos aritméticas no calendário e correram escorreitos... um pouco mais de sete. Refiro-me ao Blogados, note-se. Passaram estes anos todos - que não sendo muitos, não será pouco - e carrego na tecla do retrocesso: quero lembrar-me como era quando aqui escrevi a primeira vez, esforço-me por regressar àquele sentimento que me animou a contar do meu todo e dos meus pedaços, e embora saiba das razões, não me lembro o que senti, o que vi nas palavras que digitei para serem aquelas e apenas aquelas as escolhidas, a sensação retirada depois do escrito feito. Embora possa repetir à luz de hoje a leitura, hoje não sou a de há sete atrás. A grande descoberta do tempo passado é a incapacidade de o repetirmos, de o termos mesmo que se clone a respiração ao tempo desejado, simplesmente porque o actor já não é o mesmo.
 

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