quarta-feira

Porto seguro

Neste recanto perdido em que ninguém sabe da minha existência e descanso as palavras como ossos e musculos doridos do dia encontro sempre uma paz que noutros lugares se torna uma intempérie. Isto, a propósito do que as letras sempre me fizeram. Me hão-de fazer. Tenho fugido delas como o diabo da cruz. Mas este é tão apelativo como apetitosas são as coisas dificeis e falhas de sal (da vida) as que nos param no colo. Tenho-me perguntado que tenho eu andado a fazer. A propósito do que a escrita me faz. E não encontro resposta. Nem me acho a mim.

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