terça-feira

O galeão

Se de inicio me achei nestes blogados como caminhos a fazer para me conhecer melhor, as viagens que faço só me aportam a enseadas tumultuosas e cheias de rochas afiadas que me cortam o galeão onde me faço ao mar. Acabo por ser pirata e por ser refém de pedaços de mim mesma. Na verdade, não sei se me tornei melhor, se gosto da figura de vilão ou se cedo à donzela indefesa. Na verdade, os retalhos do que sou são um misto explosivo que aparece à tona de água em cachões elevados que espirram à vez, um e outro. O galeão afunda-se, mas lentamente.

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