A propósito de memória. De retenção do passado. Não necessariamente de um passado longínquo. Da peneira que o nosso cérebro agita para escolher o que lhe interessa manter e cuspir para fora de nós evitando ocupar espaço com lixo. Ou talvez não. A propósito do que achamos ignorar e de um dia para o outro aparece-nos ao virar da esquina e volta a surpreender-nos. Coisa antiga com aspecto de novo. Ou talvez não. Talvez a tivéssemos atirado para uma arrecadação mal alumiada e na busca de outros momentos ela apareça por estrear. Mas com cheiro de mofo. A propósito dos nossos propósitos em acharmos que comandamos as recordações e só ficamos com umas quantas. E ainda das partidas que elas nos pregam quando sensibilizados por factos recentes nos mentimos a dizer que nada mais nos pode tocar.
domingo
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