A propósito de exageros. Os de época. Os da boca, os da crença, os da entrega e até mesmo o dos abraços e beijos. O excesso de telemóvel fervilhando no envio de mensagens que se copiam cem vezes até à exaustão de quem as recebe e reenvia. A falta do cheiro de um cartão com brilhantes colados que caíam ao toque maravilhado dos dedos. A falta da caneta mordida na ponta ao pensar no desejo personalizado de uma quadra feliz. O sabor dos envelopes. O sabor de receber boas-festas e enfeitar a árvore com o carinho dos que não podíam estar perto. O meu exagero ao recordar a saudade desses tempos...
segunda-feira
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1 comentário:
Os efeites da minha árvore são os mesmos já à alguns anitos, e serão enquanto se partirem e eu os colar.
Odeio receber mensagens reenviadas, com caracteres contados para não ultrapassarem os limites, impusição até para desejar algo.
tenho saudades também em que acordava e não havia presentes na árvore, que era um pinheiro enorme verdadeiro e que os efeites eram bolas com anjos nas cavidades, que a avó tinha trazido dos Estados Unidos há já umas décadas. também nas pontas dos ramos do pinheiro gigantesco havia centenas de bolinhas de esferovite por toda a familia colocada. também na parede da sala havia sempre um pai Natal feito de cartão, revestido de papel de lustro de cor vermelha, botas e cinto preto, e com grandes barbas e cabelo feito de pedaços de algodão.tudo feito manualmente. também havia um presépio, em que toda a familia ia apanhar o musgo verde, e fazia a casa de palhinhas. As prendas não eram necessárias...havia tanto para se ver de bonito. prendas para que?
A prenda maior era que naquela noite nó podíamos dormir na sala no sofá cama. era o único dia que quando acordavamos tinha-mos os desenhos animados ali ao pé de nós, ainda a preto e branco.
Havia Natal baquele tempo.
Sony
Feliz Natal hoje!!
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