Falei eu de poesia algures. Mas até da crua prosa há a necessidade do quarto, da luz, da pena e do se estar consigo mesmo, consigo e os personagens, consigo e os rolos de estórias. A pressa do quotidiano esgota a arte, materializa-a no plástico de rápido consumo, adopta-se fácil a técnica do standard e desde que dê resultado numa primeira aventura, vá de fazê-lo de empreitada. É o que eu chamo de livros de supermercado. Saiem todos os dias, aos montes, incaracteristicos, uma linha de montagem que se aperfeiçoa nas frases feitas de acelerado deglutir sem margem para o pensar, o remoer, o lembrar mais tarde, a preocupação boa que fica quando se toma um texto entre mãos e é pela altura do peito que se lê ávido.
segunda-feira
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